Sigo por entre paredes brancas, com rachas de estuque colocado à pressa por mãos calejadas, à procura das memórias, de ti, de nós.
Sigo qual viajante no tempo pelo vórtice que é o desejo de te ver, rever, sonhar. Após espirais de recordações empoeiradas onde nem me demoro, encontro-te, de olhos brilhantes, sorriso franco e faces rosadas, a personificação do amor sem a doença que os humanos lhe injectam... puro! E fico assim, fora de mim, com a alma dançando de alegria e o corpo inanimado num beco qualquer em coma induzido. Até que a brusquidão da realidade me arranca do meu bosque encantado, e volto a ficar no nevoeiro... Fumo um cigarro.
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