quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Int

E se..., não sei..., talvez percorrendo a distância que vai daqui ai, ou... ali..., ou então..., hum..., já sei... mas agora não, agora é cedo, não sinto, não vejo mas ouço, tum tum, tum tum, tum tum, shiu! O barulho do pensamento ensurdece a alma. Não consigo ter uma ideia clara assim, com isto tudo a ribombar. Posso no entanto calar-te... e depois, que faria sem ti? Oca que nem um ovo da Páscoa... lembrasse-iam de mim tanto quanto isso, uma vez por ano...
Mas de que vivemos nós, da comida ou da lembrança?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vaticinar


Significado - Profetizar; Prenunciar; Adivinhar; Prognosticar; Predizer.

domingo, 25 de outubro de 2009

Não parece o que é

E falam de tanta coisa ou quase nada. Fazem de conta que gostam ou não. Tudo não passa de um jogo para obter o que se quer ou o que se acha que se quer, tanto faz. Os sorrisos, as caricias a meiguice são um papel bem ou mal interpretado dependendo da categoria do actor. A vida é um palco. Já alguém o tinha dito, só não sabia que o era tão profundamente.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Portento


Significado - Prodígio, maravilha; Coisa rara, insólita; Pessoa de extraordinário talento.

Unic

Reli o Principezinho pela..., hum 4ª vez?! Acho que sim.
Sem duvida alguma que o livro é deveras interessante, levando-nos a viajar de uma forma tão simples quanto ser criança o é. Mas nos diálogos é que está o creme.
Transcrevo aqui esta passagem que só pode ser feita de chocolate:


"O principezinho foi ver as rosas outra vez.

- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada - disse-lhes ele. - Ninguém vos cativou e vocês não cativaram ninguém. São como a minha raposa era, uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e ela passou a ser única no mundo.

E as rosas ficaram bastante arreliadadas.

- Vocês são bonitas, mas vazias - insistiu o principezinho. - Não se pode morrer por vocês. Claro que para um transeunte qualquer, a minha rosa é igual a vocês. Mas, sozinha, é muito mais importante que vocês todas juntas, porque foi ela que eu reguei. Porque foi ela que eu pus debaixo de uma redoma. porque foi ela que eu abriguei com o biombo. Porque foi a ela que eu matei as lagartas (menos duas ou três, por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa.


Depois voltou para ao pé da raposa e despediu-se:

- Adeus...

- Adeus - despediu-se a raposa. - Agora vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...

- O essencial é invisível para os olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.

- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.

- Os homens já não se lembram desta verdade - disse a raposa- - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer."


in O Principezinho, by Antoine de Saint-Exupéry, cap. XXI, pág. 72 e 74